Nã›o é todo dia que uma escritora brasileira vende 1 milhão de exemplares. Mesmo assim, Carolina Maria de Jesus é pouquíssimo conhecida no país.
As chances de se tornar uma escritora eram pequenas: negra, nascida na favela, catadora de papel, neta de escravos e filha de pais analfabetos, conseguiu estudar e rapidamente pegou gosto pela leitura.
Já adulta, escrevia sobre a vida nas favelas nos cadernos que encontrava e publicou em 1960 “Diários de uma Favelada”, que acabou virando best-seller e foi vendido em 40 países.
A partir de então escreveu mais obras e conquistou uma ascensão social, mesmo sem se casar, já que não queria ser submissa a um homem. Ainda assim, criou três filhos sozinha.
O retrato realista da vida nas favelas no meio do século passado não poderia ser mais atual. Carolina nos cala diante do absurdo normatizado.
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